quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Corra para as Grutas

Eis uma listinha breve
Com conselhos leves
Que talvez quisesse anotar

Fique longe viu criança
Corte logo essa dança
Tente dessa vez não se molhar

Não acredite em meu sorriso
É apenas um aviso
Fique assim no seu lugar

Me ignore na passagem
Não responda as curtas mensagens
Tente agora me escutar

Vá para casa meu amigo
Durma bem no seu cantinho
É melhor tu repousar

O dia é sempre longo nas andanças
Na desordem da ciranda das crianças
Na lua quente sem estrelas a reinar

Vá pra casa sem problemas
E não confie nos poemas
Escrevo só e sem pensar

Mas acredite nessa história
Da loucura transitória
Que paira triunfante
De maneira vil e errante
Na mente quase coração
Dessa poeta sem noção

Fuga para as grutas
Que eu corro para os Alpes
Nada mais seguro
Que ser agora um dedo duro

Não diga que não avisei
Estou dizendo que parei
O que pouco comecei
Pois não posso mais confiar
Nessa mania tola de sonhar

Amanhã vou fingir não me importar
E da memória remover seu celular
Não estranhe, então, meu eu vulgar

Mas, se numa onda inconstante
Eu surgir subordinante
Por favor me mande embora sem pesar
Pois quando a noite terminar
Vai ser melhor eu só estar
Vai ser melhor se não ficar

Então, fique longe sem pesar


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